02 dezembro, 2011

Resenha O Trono de Fogo de Rick Riordan

O Trono de Fogo, da trilogia As Crônicas dos Kane, foi escrito por Rick Riordan. Editora Intrínseca, 398 páginas.


"Os deuses do Egito Antigo foram libertados, e desde então Carter Kane e sua irmã, Sadie, vivem mergulhados em problemas. Descendentes da Casa da Vida, ordem secreta que remonta à época dos faraós, os dois têm poderes especiais, mas ainda não os dominam por completo - refugiados na Casa do Brooklin, local de aprendizado para novos magos, eles correm contra o tempo. Seu inimigo mais ameaçador, Apófis, está se erguendo, e em poucos dias o mundo terá um final trágico.

Para terem alguma chance de derrotar as forças do caos, precisarão da ajuda de Rá, o Deus Sol. Despertá-lo não será fácil: nenhum mago jamais conseguiu. Carter e Sadie terão de rodar o mundo em busca das três partes do Livro de Rá, para só então começarem a decifrar seus encantamentos. E, é claro, ninguém faz ideia de onde está o Deus."
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Acho que eu não preciso dizer para ninguém que sou mega-fã de Rick Riordan. Sério mesmo! E em O Trono de Fogo, acho que foi quase melhor que os outros.

Agora os irmãos Carter e Sadie Kane estão treinando magos no Vigésimo Primeiro Nomo, no Brooklyn. E nas primeiras páginas do livro, os irmãos, o babuíno Khufu, e os aprendizes Walt e Jaz (Jasmine) estão invadindo um museu à procura de um pergaminho que tem o encantamento para encontrar e acordar o deus Rá, a mais poderosa divindade, que se afastou do cargo de todo-poderoso quando foi obrigado pela deusa da magia Ísis a se retirar do céu.

"O trabalho deveria ser simples:entrar sorrateiramente no Museu do Brooklyn, pegar emprestado um certo artefato egípcio e sair sem ser capturado.
Não, não era roubo. Íamos devolver o artefato em algum momento. mas acho que parecíamos mesmo suspeitos: quatro garotos no telhado do museu vestidos de pretos, como ninjas. Ah, e um babuíno também vestido como ninja. Definitivamente suspeito."
p. 12 (Carter)

No final do livro A Pirâmide Vermelha (que eu deveria ter feito a resenha mas não fiz, óbvio), Apófis, a personificação do caos, está se reerguendo da sua prisão no Duat, um lugar onde está concentrada toda a magia e os deuses poder ter sua forma mais absoluta. E só Rá, com a ajuda dos outros deuses e magos da Casa da Vida, uma sociedade de magos que descendem dos faraós, pode conter Apófis.

O livro foi incrivelmente diferente do primeiro. Os personagens principais estão mais maduros e agem mais como irmão e irmã. Rick agora mostra mias seus sentimentos que antes não eram compartilhados. Estão um tantinho menos irônicos - por parte de Sadie - mas ainda assim, muito melhores. É estranho compará-los com o que eram antes.

E mais personagens: Bes, o deus anão, é (segundo descrito no livro) muito feio, porém dedicado em ajudar Carter e Sadie. Walt, como já mencionei, tem habilidade com amuletos e tem uma segredo que não contou a ninguém, exceto Jaz, uma maga com o poder de cura.  E claro, o mais novo vilão Vladmir Menshikov, que está ajudando Apófis a se reerguer. Ele trabalha ao lado do Sacerdote-Leitor Chefe, Desjardins, que não percebe o monstrengo ( sim, ele é quase tão medonho quanto Bes, porém é humano) ao seu lado. Menshikov tenta de várias formas libertar Apófis, como invocando Set, o deus do mal, e até uma serpente de duas cabeças em forma de U muito malvada.

" - Mate-o de uma vez! - gritei.
Set pareceu chocado.
 - Ah, eu não posso fazer isso! Gosto muito de cobras. Além do mais, o pessoal do DTEM me esfolaria vivo.
 - Detém?
 - Deuses para o Tratamento Ético de Monstros."
p. 157 (Carter) 

E eu poderia contar mais um monte de maravilhas e spoilers do livro - estou muito tentada a fazer isso - mas estragaria totalmente a graça do livro. Mesmo. A minha mania de folhear as páginas seguintes e até o final antes de chegar lá não ajuda muito nas surpresas, mas consegui me controlar um pouco, ou o necessário para não estragar totalmente.

"Walt abriu um sorriso fraco. Embora eu não possa dizer que os olhos dele me faziam derreter tanto quanto os de Anúbis, ele tinha um rosto lindo. Não era nada parecido com meu pai, mas tinha o mesmo tipo de força e beleza rústica - uma espécie de gravidade sutil que me fazia sentir segura, como os pés um pouco mais firmes no chão."
p. 224 (Sadie)

No final do livro, há alguns extras como glossário dos hieróglifos que foram usados no decorrer do livro, outros termos egípcios - como ba (alma), Maat (ordem do universo) e ren (nome, identidade) - e alguns deuses e deusas que aparecem.

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