09 junho, 2012

Cinema Literário [#5]

Pôster do filme
Depois de uma tentativa fracassada de assistir a Cleópatra - não recomendo se você quiser ver a versão de 1500 e lá-vai-bolinha - comecei a assistir o filme Cavalo de Guerra. De verdade? Achei que seria um filme daqueles sem muita graça, mas, vamos lá, o que eu estava perdendo? Pensava que pelo menos teria uma trilha sonora melhor do que a de Cleópatra e suas músicas de vou-sair-correndo-daqui-agora.

Em três palavras? Lindo, emocionante e surpreendente.



Cavalo de Guerra conta a história de um cavalo, de um garoto e uma guerra. O pai de Albert, Ted Narracott (Peter Mullan), comprou um lindo cavalo por impulso. Ele precisava de um cavalo para arar a terra, mas um cavalo daquele nunca faria isso. Quando chegou em casa, sua mulher Rose (Emily Watson) não consegue acreditar que o marido realmente fez aquilo e disse que o cavalo deveria ser devolvido, afinal, eles não tinham dinheiro. Mas Albert (Jeremy Irvine) resolveu o problema e começa a treinar o animal, e dá a ele o nome de Joey.

A primeira vez que Albert monta em Joey
[Ah, eu devo dizer que, as partes em que o Albert treina o Joey são incríveis. Você se sente todo orgulhoso quando seu cachorro adente à sua ordem depois de muito treinamento, então quando o garoto vê o cavalo o obedece tão simplesmente é muito legal.]

Bem, voltando. Albert começou a treinar o Joey, mas ainda assim havia um problema: a família tinha que arar a terra, mas não tinham como fazer isso. Não tinham o cavalo adequado. Adivinhem? Acertou quem pensou que Albert fez com que Joey arasse a terra. Foi uma das cenas em que mostra realmente a relação entre animal e homem - quando o cavalo ajuda o garoto quando ele mais precisa.

Mas toda essa alegria durou pouco. Não vou contar exatamente o que aconteceu - perderia a graça - mas o fato é que o pai, Ted, acabou por vender Joey ao exército inglês. A Primeira Guerra Mundial começara, e como ele precisava de dinheiro, simplesmente vendeu o cavalo, o amigo de Albert, que, como vocês podem imaginar, ficou arrasado, tentou se alistar, mas não tinha idade suficiente. Tudo o que pôde fazer foi amarrar à cela de Joey a flâmula do pai quando ele foi combater na África.

Treinamento da cavalaria inglesa

E, a partir desse momento, Albert e Joey se separam e começamos a acompanhar Joey, o cavalo, pela guerra - em todos os lugares possíveis que você possa imaginar.

À medida que o filme vai passando, fui vendo todas as cenas do confronto. Desde o exército inglês com o capitão Nicholls (Ton Hiddleston); passando pelos alemães, mais especificamente por dois irmãos alistados; indo para a fazenda de uma menina doce, Emilie (Celine Buckens), e seu avô (Niels Arestrup); até que voltou para os alemães, fugiu deles, passou pelo campo de guerra e se tornou o símbolo de esperança no meio da destruição e da tristeza.

Emilie e Joey
Joey, o cavalo, é lindo, e simpático. Faz amizade com quem tem contato com ele durante a guerra, até mesmo o cavalo negro da cavalaria inglesa, com quem ele meio que competia, vira seu amigo. Joey tem um senso puro e lindo de compaixão, como se fosse uma pessoa que sabe o que a outra está passando e quer ajudar.

É uma história maravilhosa sobre a amizade, entre Joey e Albert, e entre Joey e todos aqueles que ele conheceu. Há, em um momento, quando Emilie e seu avô tem a fazenda invadida por soldados e pessoas atingidas pelos confrontos, e o capitão diz para eles: "a guerra leva tudo de todos". Levou sim, mas não tudo. Afinal, uma amizade como essa é pra sempre.

Eu recomendo, mas cuidado pra não chorar no final - eu chorei - quando... bem, não vou contar. E tem sim, um final feliz! E eu não consigo pensar em um filme mais lindo que Cavalo de Guerra, do diretor que ninguém conhece Steven Spielberg. ^^


Mais cenas:

Joey e Albert em seus primeiros contatos


Emilie e os dois cavalos


Albert e a mãe Rose


Os irmãos alemães na fuga

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